SFH: como funciona e a diferença entre outros financiamentos

O financiamento imobiliário ainda é a modalidade mais popular para auxiliar o brasileiro a realizar o sonho da casa própria. Só em 2021, registrou-se um aumento de 46% no volume de concessões por instituições financeiras. E, atualmente, o SFH é uma das alternativas mais vantajosas para a aprovação do crédito desejado.

O Sistema Financeiro de Habitação (SFH) é um dos sistemas usados no país e tem uma série de vantagens para os interessados, como a taxa de juros mais atrativa, por exemplo.

Mas o SFH vai além disso. Confira, abaixo, quais são as outras características do Sistema Financeiro de Habitação.

O que é o Sistema Financeiro da Habitação (SFH)?

O Sistema Financeiro de Habitação é um programa de financiamento criado pelo governo federal com o objetivo de auxiliar os brasileiros a construírem, adquirir ou reformar imóveis.

Ele foi criado por meio da Lei 4.380 em 1964 para garantir acesso à moradia de qualidade com o oferecimento de crédito de longo prazo.

Como funciona o SFH?

Boa parte dos financiamentos realizados por meio do SFH acontecem por intermédio da Caixa Econômica Federal. Além disso, para participar do programa do governo é necessário se enquadrar às regras estipuladas.

No geral, o SFH funciona como uma modalidade de financiamento: após a solicitação e avaliação das informações de quem solicitou o programa, o crédito é liberado para usá-lo para comprar, reformar ou construir um imóvel. Em seguida, a pessoa deve arcar com as parcelas do seu financiamento de acordo com as informações em contrato.

A boa notícia é que o prazo para quitar o financiamento pode chegar a 35 anos (420 meses). Com isso, a ideia é evitar que cada parcela ultrapasse 30% da renda mensal de acordo com as características de cada pessoa que solicitar o financiamento.

E que tal falarmos agora sobre as  regras para participar desse programa de financiamento?

Quem pode participar do SFH?

Quer saber se você pode participar do Sistema Financeiro de Habitação? Confira quais são as regras e condições para isso:

• Não podem existir restrições cadastrais em instituições de crédito e/ou órgãos do governo — o popular “nome sujo”;
• O imóvel deve ser residencial e estar localizado em área urbana, além de devidamente cadastrado no Cartório de Registro de Imóveis;
• A propriedade também não pode ter sido objeto de financiamentos por meio do FGTS nos últimos 3 anos;
• O imóvel deve estar na mesma região de moradia ou trabalho da pessoa interessada há um ano, pelo menos;
• A pessoa deve trabalhar há 3 anos, pelo menos, com carteira assinada;
• Não deve existir nenhum outro financiamento imobiliário do titular por meio do SFH;
• A pessoa não pode ser proprietária de nenhum outro imóvel residencial urbano.

Também é importante destacar que existe um limite de financiamento aprovado pelo SFH. Em alguns estados, como Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, o teto é de R$ 950 mil.

Nas outras unidades federativas, o limite é de R$ 800 mil.

Além disso, o financiamento por meio do SFH só cobre até 80% do valor total do imóvel. Esse valor inclui as despesas acessórias da operação.

Veja também: Investimento em imóvel vale a pena? Saiba como fazer

Quais são os benefícios do SFH?

Talvez já tenha ficado claro que existem aspectos positivos em considerar o SFH como o programa para o seu financiamento imobiliário, certo?

Mas veja a seguir quais são os grandes benefícios do programa para que você entenda se, de fato, eles estão de acordo com o seu perfil e objetivos!

Menores taxas de juros

Os juros do SFH são fixos. Isso, por si só, já evita surpresas desagradáveis no médio e longo prazo. E a taxa praticada não pode ser superior a 12% ao ano

Contudo, atenção: apesar da taxa de juros ser fixa, as parcelas podem mudar ao longo do tempo, por conta da correção pela TR (Taxa Referencial). É bom saber quanto isso vai custar no fim das contas, ok?

Casa Verde e Amarela (antigo Minha Casa Minha Vida)

Por conta das facilidades de obtenção de crédito, o SFH é o programa mais usado por pessoas que se enquadram em programas habitacionais do governo, como a Casa Verde e Amarela (o antigo Minha Casa Minha Vida).

FGTS

Quem tem saldo no FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) pode usá-lo para reduzir o valor total do financiamento. Assim, as parcelas tendem a ser menores também.

Além disso, os recursos são liberados assim que ocorre a aprovação do financiamento. Com a rápida liberação do dinheiro, o sonho da casa própria fica ainda mais próximo de se concretizar.

O que é o SFI? Conheça mais

Além do SFH, existe outro sistema de financiamento no país: o SFI.

O SFI — ou Sistema de Financiamento Imobiliário — foi criado com a Lei 9.514/97 com o objetivo de expandir as possibilidades que não se enquadram dentro das regras do SFH. É o caso, por exemplo, da utilização de recursos por meio de investidores institucionais.

SFH ou SFI: saiba qual escolher

A diferença mais evidente entre SFH e SFI é que o primeiro é um programa regulado pelo poder público e o segundo é estabelecido a partir da livre negociação entre as instituições financeiras e seus clientes em potencial — ainda que o SFI seja regulamentado por lei.

Mas, no geral, eles podem ser usados para os mesmos fins: aquisição, construção e reforma de imóveis.

Conclusão

Falamos sobre o SFH — Sistema Financeiro de Habitação — ao longo deste post e as vantagens desse programa de financiamento imobiliário do governo.

Entre as vantagens, destacamos o longo prazo para a quitação das parcelas e alguns mecanismos de segurança (como o texto de cada parcela limitado a 30% da renda mensal) além, é claro, das taxas de juros.

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