O Índice Nacional de Preços ao Consumidor – IPCA foi criado para medir e acompanhar a variação dos preços de produtos de mercado para os consumidores. É considerado o termômetro oficial da inflação no país.
Se chegou até aqui, provavelmente você já ouviu falar sobre o IPCA nos noticiários ou até na negociação de transações financeiras, como empréstimos e financiamentos imobiliários.
Preparamos esse artigo para te ajudar a entender como ele afeta sua vida financeira e como são feitos esses cálculos. Veja, abaixo, mais informações.
O que é o IPCA?
Criado em 1980 pelo Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor (SNIPC), do IBGE, o índice tem por objetivo medir a inflação a partir de um conjunto de produtos e serviços comercializados pelo varejo, como citamos no início do artigo.
Para isso, são coletados mensalmente dados sobre o consumo das famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos, não importa a fonte dos ganhos.
A faixa foi criada para garantir uma cobertura que chega a aproximadamente de 90% das famílias brasileiras que residem nas áreas urbanas cobertas pelo SNIPC/IBGE.
As regiões de abrangência do SNIPC são: regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, e dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju e Distrito Federal.
Como o IPCA é calculado?
Para a montagem do índice, a coleta dos dados é feita entre o primeiro e o último dia de cada mês.
Os dados vêm de preços de produtos em estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços, além de concessionárias de serviços públicos como, por exemplo, companhias de energia elétrica, gás e internet.
Cada produto levado em consideração nesse cálculo tem um peso diferente. São considerados 465 subitens divididos nas seguintes categorias:

Para que o IPCA é usado?
O Governo usa, desde 1999, o IPCA como indexador de referência para criar o Sistema de Metas de Inflação. Com isso, se compromete a criar e adotar estratégias para manter a inflação dentro de um limite.
Uma vez definida, a meta do ano tem uma tolerância de 1,5% para mais ou para menos. Ou seja: se a meta de inflação do ano é de 4%, e ao final ficou entre 2,5% e 5,5%, é considerada “meta cumprida”.
O que faz o índice subir ou descer?
Quem determina a taxa de juros do Brasil periodicamente é o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), que utiliza o IPCA como base para suas análises.
É de acordo com o indicador que se faz o aumento ou diminuição dessas taxas, sempre com a finalidade de controlar os preços do mercado.
A Taxa Selic é a principal ferramenta que o Copom tem para fazer com que a meta de inflação seja cumprida.
Considerada a taxa de juros básica da economia nacional, ela é aumentada quando os preços sobem a níveis fora de controle.
Com o aumento das taxas de juros, por exemplo, é possível frear o consumo, o que faz com que o comércio baixe seus preços, diminuindo a inflação.
O que acontece se a Selic não cair?
Caso o IPCA ultrapasse a meta e o aumento da Selic não for suficiente para conter o aumento da inflação, o Banco central cria um plano de ações para frear esse crescimento.
Este plano é entregue ao Ministro da Fazenda para a análise e aprovação e visa trazer o índice novamente para uma faixa de tolerância.
Segundo informações do G1 Economia, em abril desde ano, a inflação atingiu 6,76% no acumulado dos 12 meses e segue acima do teto da meta. O centro da meta de 2021 é de 3,75%, podendo variar entre 2,25% e 5,25%.
Mas afinal, como o IPCA afeta o seu bolso?
Falando de todas essas siglas, regras e instituições fica complicado entender como o IPCA realmente afeta nosso bolso, certo?
Então, vamos explicar de uma forma mais simples: quando o IPCA sobe, o seu dinheiro perde um pouco do valor.
Como assim? Por exemplo: em um mês, um quilo de carne bovina, digamos, de picanha custa R$ 54. Mas, por conta de diversos fatores econômicos, o preço sobe para R$ 61.
Ou seja: a peça de carne é a mesma, mas seus R$ 54 de antes não compram mais este item.
É assim que a inflação atrapalha a vida e tira o sono do consumidor, porque, em geral, os salários não mudam, mas os custos só crescem.
Qual a diferença entre o IPCA x IGP-M?
Os dois índices são responsáveis por calcular a inflação, mas de formas bem diferentes.
O IGP-M mede o custo de vida das famílias e é uma “fotografia” mais ampla da economia.
Calculado pela Fundação Getúlio Vargas, utiliza três outros índices para o resultado final. São eles:
- IPC (Índice de Preços ao Consumidor), que mede a variação de preços de um conjunto fixo de bens e serviços de famílias com renda de 1 a 33 salários mínimos;
- IPA (Índice de Preços por Atacado), responsável por medir a variação dos preços no mercado atacadista, e o
- INCC (Índice de Nacional do Custo de Construção), formado a partir da variação do preço de materiais de construção.
O IGP-M é o índice mais usado para reajustar os contratos de locação. Conhecido como a “inflação do aluguel”, ele rege muitos outros contratos além do mercado imobiliário.
Já o IPCA considera apenas os preços dos serviços e comércio, pagos quando o consumidor final realiza uma compra.
Com a alta sem precedentes do IGP-M, o IPCA está se popularizando como índice de reajuste nos contratos recentes de aluguel.
Como usá-lo a seu favor?
Quando a inflação está em alta, uma estratégia interessante para não perder seu poder totalmente o valor do seu dinheiro é o de investir em fundos ou títulos que usem o IPCA como remuneração.
Assim, você consegue corrigir as perdas e valorizar um pouco o seu tão suado dinheirinho. Lembrando que o risco de usar essa estratégia é inteiramente seu.
Alguns exemplos de investimentos que usam o índice são o Tesouro IPCA+ e Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) e do Agronegócio (LCAs).
A Pontte usa o IPCA no cálculo das taxas de empréstimos e financiamentos?
Sim! Atualmente, o IPCA é o índice referencial para o cálculo do empréstimo e do financiamento. Em caso de dúvidas sobre os índices, taxas e juros, nossos consultores estarão à disposição para saná-las!
Com a Pontte, além de ter mais transparência e controle do contrato, você escolhe em quanto tempo quer começar a pagar seu empréstimo com garantia de imóvel, assim pode aproveitar o dinheiro para colocar seus planos de pé antes de começar a pagar.
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