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Como calcular juros de empréstimo: aprenda a sair do vermelho

Saber como calcular juros de empréstimo é uma excelente maneira de compreender quanto você vai realmente pagar por uma oferta de crédito.

Isso pode te ajudar a evitar cair nos juros abusivos, além de te dar margem para comparar com outras ofertas. 

Tudo isso – e um pouco mais – foi o que nos motivou a produzir este artigo para você. 

Nos tópicos abaixo, vamos explicar como é feito o cálculo de juros de empréstimo e ainda explicar como você pode calculá-los por conta própria. Confira!

Como funcionam os juros de empréstimo?

Em poucas palavras, os juros nada mais são que o preço pago por utilizar um empréstimo. Ou seja, é o valor que as instituições financeiras cobram para, assim, obterem retorno por um serviço ou produto oferecido.

E essa taxa cobrada pode  pode variar entre os bancos e as instituições autorizadas a oferecer crédito. 

Isso tem a ver com o tipo de crédito, o risco de inadimplência envolvido e taxas e impostos também interferem no valor dos juros.

Por isso, antes de aprender como calcular os juros de um empréstimo, é fundamental compreender o que está sendo cobrado.

Leia também: conheça os diferentes tipos de empréstimos

Como calcular parcela de empréstimo: entenda

No geral, as instituições financeiras usam três elementos para calcular os juros de um empréstimo. São eles:

  • CAC – Custo de Aquisição do Cliente;
  • Taxa de retorno do investidor;
  • Custo de Venda.

Além destes, soma-se a isso o momento econômico e político do país, que pode influenciar a taxa básica de juros, conhecida como Selic,  e o risco de inadimplência de acordo com a análise de crédito de cada cliente. E a regra é simples: quanto maior o risco, maior é a taxa de juros.

Tipos de taxas de juros em empréstimos

Alguns fatores podem influenciar o valor total que você paga em uma operação de empréstimo. São elas os tipos de juros e suas composições. 

Existem dois fatores que influenciam muito no valor das parcelas que você vai pagar e, consequentemente, no valor total do empréstimo lá no final do contrato. São elas:

Taxa de juros simples

As taxas de juros simples são negociadas antecipadamente e não mudam ao longo do tempo. Contudo, elas não são as mais populares entre os tipos de empréstimos.

Juros compostos

Aqui, o modelo de cobrança acontece sempre a partir do valor atualizado da dívida. 

Além disso, outras duas composições podem ser fatores cruciais para o cálculo das taxas do seu empréstimo, são os modelos de cobrança dessas taxas: o mensal e o anual. É o que dizem as siglas muito vistas nas ofertas de crédito “a.m.” (ao mês) e “a.a.” (ao ano). 

Abaixo, veja como essas todas essas formas de cobrança de taxa funcionam:

Juros de empréstimo ao mês

Nesse tipo de juros, você precisa saber, primeiramente, se ele se trata de uma cobrança de juros simples ou de juros compostos.

De modo geral, os juros simples são calculados de acordo com o valor total da operação e são mais comuns nas transações diárias, como é o caso do cheque especial. 

Já os juros compostos, também chamados de juros sobre juros, são calculados sobre o valor total da operação + o valor do juros simples, e são comuns em investimentos de longo prazo, como num empréstimo pessoal ou por exemplo.

A base de cálculo para um empréstimo com juros simples é a seguinte:

C x I ÷ 100 x T = J

Pra ficar fácil de fazer o cálculo, troque as letras pelos respectivos números:

  • Em C, coloque o valor total do empréstimo com os juros.
  • Em I, coloque o valor da taxa de juros simples acertada no contrato.
  • Em T, coloque o tempo previsto no contrato.

Na prática, digamos que, hipoteticamente, você adquiriu um empréstimo de R$ 1 mil para ser quitado em quatro parcelas, cujos juros cobrados da instituição sejam de 1% ao mês.

Todas as suas parcelas serão R$ 250 (que é o valor do seu empréstimo dividido pelo número de parcelas) + 1% (R$ 2,50), totalizando R$ 252,50. No final, o custo total desse empréstimo será de R$ 1.010.

Já nos juros compostos, a conta é diferente. Nessa modalidade, você sempre vai pagar um pouco a mais do que o mês anterior. Veja a fórmula:

C x (1 + I ÷100) T = M

  • Em C, coloque o valor total do empréstimo já com os juros.
  • Em I, coloque o valor da taxa de juros acertada no contrato.
  • Em T, coloque o tempo previsto no contrato.
  • M é o resultado das somas, multiplicações e divisões, o valor total do que irá pagar já com os juros compostos.

Suponhamos que você pegou emprestado R$ 5 mil para pagar em 10 meses, com uma taxa de 2%. 

  • No primeiro mês você paga um décimo das parcelas + 2% de juros sobre o valor total da dívida, resultando em R$ 5.100;
  • Já no segundo mês, você vai pagar os juros sobre o valor quitado no mês anterior, ou seja, os R$ 5.100 + 2% de juros, resultando em uma parcela de R$  R$ 5.202.

E assim por diante, até quitar o empréstimo. 

calculadora de empréstimo

Juros de empréstimo ao ano

A taxa de juros de empréstimo ao ano já consta no contrato de empréstimo. No mesmo exemplo acima, digamos que você tenha solicitado R$ 1 mil a uma taxa de 10% a.a (ao ano). Nesse caso, é preciso calcular o juros de empréstimo da seguinte maneira:

1.000 x 0,10 (a taxa ao ano) x 1 (o prazo para quitar o empréstimo) = R$ 100.

Ou seja: os juros de empréstimo ao ano é de R$ 100, fazendo com que você devolva os R$ 1 mil de empréstimo e pague mais R$ 100 diluídos nas parcelas.

Outros tipos de taxas de juros em empréstimos

Veja, abaixo, outros tipos de juros que podem ser compostos no CET (Custo Efetivo Total) do seu empréstimo:

Juros de mora

Existem, também, os juros de mora (ou Juros de Moratória) que são aqueles praticados quando perdemos o prazo de pagamento de uma parcela.

Nessas situações, a instituição define a taxa praticada caso o cliente atrase o pagamento (mas é levado em consideração o valor da parcela e também o tempo de atraso — não podendo ultrapassar a taxa de 1% ao mês).

Juros reais e nominais

Por fim, existem os juros reais e os juros nominais. O primeiro tem a ver com o quanto o dinheiro rende (o retorno líquido) ao longo do tempo. Isso acontece por conta da inflação e no quanto isso afeta o poder de compra — é só pensar no quanto R$ 100 consegue comprar no supermercado hoje, e no quanto era possível comprar com a mesma quantia, mas 5 anos atrás — que se obteve em uma transferência de determinada quantia de capital ou dinheiro, já considerando os efeitos de correção da inflação. 

Enquanto isso, os juros nominais têm mais presença em contratos de empréstimos e também de financiamentos e até mesmo nas aplicações financeiras. Trata-se de um percentual de rentabilidade em sua forma bruta.

Para facilitar a compreensão, digamos que um investimento com taxa de juros nominais de 5% vai ter um juros real de 2%, apenas, se a inflação desse período ficar em 3%.

O que influencia a taxa de juros de empréstimos?

Anteriormente mencionamos que alguns fatores influenciam o valor e servem como base para calcular os juros de um empréstimo. 

como é feito o cálculo de juros de empréstimo

É o caso da taxa Selic (a taxa básica da economia, e sigla para Sistema Especial de Liquidação e Custódia), por exemplo, que é um fator relevante nessa conta. 

Ela é alterada de acordo com o cenário econômico do país e, consequentemente, impacta na taxa de juros que as instituições cobram. 

E ainda existem outras cobranças intrínsecas a uma oferta de crédito. Dá uma olhada:

  • IOF, que é o Imposto sobre Operações Financeiras, e vai constar no valor total do empréstimo;
  • tarifa de cadastro, que não é uma cobrança obrigatória, mas ainda comum;
  • seguros, que são mecanismos de garantia de recebimento dos agentes financeiros em casos de imprevistos (como a morte do titular);
  • taxas de manutenção de cadastro;
  • taxas administrativas.

Essas duas últimas também não são obrigatórias, mas podem aparecer nas ofertas de crédito. E, ao saber como calcular juros de um empréstimo, você pode avaliar se a proposta é mesmo interessante ou, na verdade, trata-se de uma cilada.

Na Pontte, por exemplo, sempre existiu uma grande preocupação em deixar tudo muito bem explicado para os clientes, tanto no nosso Empréstimo com Garantia de Imóvel, quanto no nosso Financiamento Imobiliário.

Dito isso, não usamos letras miúdas ou asteriscos nas nossas comunicações justamente para manter a clareza das informações e, claro, oferecer o crédito mais justo para você sempre que precisar da gente. 

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