Os avanços da tecnologia trouxeram muita conveniência e praticidade para lidarmos com a rotina e as necessidades financeiras do dia a dia. Mas tal facilidade também possibilitou que outra coisa ganhasse força: o golpe financeiro.
E essa prática é mais comum do que muita gente imagina, tendo crescido 45% no Brasil durante o período mais crítico da pandemia da Covid-19.
Isso significa que devemos aprender a ficar mais atentos a esse tipo de investida criminosa, e nada melhor do que conhecê-las para saber quando se está diante de um golpe financeiro e, assim, saber como proceder.
Por isso, convidamos você a saber tudo sobre o assunto neste artigo. Boa leitura!
O que são golpes financeiros?
O crime é caracterizado por alguma mentira ou ocultação de informações que tem o objetivo de enganar alguém (pessoa física ou jurídica). Geralmente, os criminosos buscam roubar uma quantia de dinheiro.
Vale observar que essa prática pode ocorrer por meio do roubo de dados e/ou informações pessoais, e tende a acontecer tanto no ambiente físico quanto no digital.
Golpe financeiro: principais tipos
Agora que você já entendeu o que é um golpe financeiro, vamos explorar os principais tipos de golpes financeiros para que você entenda como proceder caso esteja diante de uma situação dessas, ou mesmo caso já tenha sido vítima de ações como as que trataremos abaixo.
Pirâmide
Pirâmide (ou pirâmide financeira) tende a se configurar por uma oferta com promessas altíssimas de lucro — e rápido — por meio de uma oportunidade de investimento.
Mas, no geral, é um esquema que beneficia apenas quem está no “topo da pirâmide”: quem oferece os produtos ou serviços, portanto, e não quem tenta vendê-los após adquiri-los.
Golpe no WhatsApp
O popular aplicativo de mensagens instantâneas também virou palco para a prática de golpes financeiros. Geralmente, ocorre por meio do roubo de dados de uma conta real e, em seguida, os criminosos se fazem passar pela vítima, solicitando dinheiro para os contatos de sua agenda.
Empréstimo
Esse é um grande problema para quem tem um acúmulo de dívidas e recorre a qualquer oportunidade para quitá-las. E é aí que o golpe financeiro é aplicado, já que os criminosos enganam as vítimas, prometendo juros baixos e condições incríveis de pagamento, mas que precisam primeiro de um depósito para a liberação do crédito.
Saiba: nenhuma instituição financeira faz isso com os seus clientes. Duvide, se alguém solicitar o depósito antecipado.
Saiba mais: Tipos de empréstimo: conheça e saiba como escolher o ideal
Cartão de crédito
Esse golpe financeiro pode ocorrer a partir da clonagem do cartão ou do roubo de dados a partir de compras em sites de confiabilidade duvidosa. Com essas informações em mãos, os criminosos fazem compras, mas a fatura chega depois para o cliente da instituição.
Phishing
E-mails, anúncios nas redes sociais ou mesmo sites falsos, passando-se por empresas verídicas, são usados para o phishing. A técnica tem o objetivo de enganar a pessoa a realizar uma ação como se estivesse interagindo com a marca real.
Assim, ela pode comprar um produto ou serviço quando, na verdade, está depositando o seu dinheiro na conta dos criminosos.
Golpe do boleto falso
Boletos falsos costumam ser enviados por e-mail e, quem recebeu, temendo perder o prazo de uma conta que sequer sabia da existência, realiza o pagamento.
Golpe do consórcio
O golpe do consórcio ocorre por meio do contato de criminosos, passando-se pela administradora do consórcio, pedindo um depósito para agilizar a contemplação da pessoa que tem um consórcio ativo.
4 dicas de como não cair em um golpe financeiro
Veja as nossas dicas para que você aprenda a não cair em um golpe financeiro.
1. Nunca informe a senha ou dados do seu cartão
Essa é uma dica básica, mas sempre necessária de reforço: nunca informe seus dados bancários e senhas a pessoas que você não conheça ou confie plenamente.
Instituições, gerentes de banco, fintechs… Ninguém pode solicitá-los e você deve duvidar da veracidade desse contato caso seus dados sejam solicitados.
2. Certifique-se de que está falando com um amigo/familiar via ligação telefônica
No golpe do WhatsApp, por exemplo, as pessoas costumam ficar apavoradas ou ansiosas em ajudar um ente querido em necessidade. Mas vale a pena conferir se você está falando com essa pessoa, de fato.
Caso duvide, tente contato com ela por outro meio (como as redes sociais) porque ela pode ser vítima de um golpe financeiro e sequer saber disso.
3. Compre apenas em sites confiáveis
Evite compras em sites que não despertam confiança. Normalmente, são e-commerces com pouca ou nenhuma informação a respeito da empresa, sem redes sociais ativas e com nenhuma presença digital (nem mesmo com comentários de outros clientes).
É possível, também, verificar se o site é verdadeiro. Confirme se a URL está correta ou se o aplicativo que você está usando é o oficial do estabelecimento. Ah, e também tem aquele cadeadinho ao lado da url do site que indica que o site é seguro.
4. Cuidado com dados bancários na internet
Não exponha seus dados de pagamento e do cartão de crédito na internet. Nunca se sabe quem pode estar à espera de uma oportunidade para roubá-los e fazer uso do seu suado dinheiro em seu nome — e sem o seu consentimento.
Sendo assim, evite tirar fotos de cartão de crédito, salvar senhas em blocos de notas tanto no celular quanto no computador.
E mais: Veja como ajudar idosos a não caírem em um golpe financeiro
O que fazer quando cair em golpe de financeira?
Muita calma, paciência e planejamento para sair desse golpe financeiro com o mínimo possível de problemas. Confira nossas dicas:
- cancele seus cartões imediatamente;
- faça um boletim de ocorrência;
- acione a justiça e procure pelos seus direitos enquanto cidadão;
- avise as pessoas próximas de que houve um golpe financeiro para que elas fiquem atentas a eventuais (e falsas) tentativas de contato;
- fale com a sua instituição financeira para entender o que pode ser feito.
O que caracteriza um golpe financeiro?
Como destacamos, o golpe financeiro se enquadra em uma tentativa de mentir ou ocultar informações, mas com o objetivo de lucrar em cima de pessoas que não estão cientes disso. Algo que pode acontecer fazendo-se passar por uma empresa idônea, por exemplo, ou mesmo roubando os dados pessoais e do cartão para fazer compras em seu nome — entre outras possibilidades.
E não existe um valor mínimo para isso. Qualquer quantia, da menor a maior, pode ser categorizada como um crime de estelionato, e sua previsão está contida no artigo 171 do Código Penal.
Conclusão
Viu como o golpe financeiro pode se manifestar de diferentes maneiras? Esperamos que estas dicas tenham te ajudado a considerar as melhores práticas para evitar futuras tentativas bem-sucedidas contra você e seus entes queridos.
Quer saber também mais dicas para proteger o seu dinheiro e construir um planejamento financeiro sólido e seguro para conquistar os seus objetivos? Então, siga acompanhando o blog a Pontte para saber em primeira mão todas as nossas novidades!